"Os soldados, então, são mostrados perfilados e a tal distância que suas faces não podem ser vistas, ‘humanizadas’. Já o povo massacrado é mostrado sempre em ‘close’ por Eisenstein: vemos seus rostos carcomidos pela miséria, pelo medo. O que Eisenstein está fazendo com isso? Está dizendo, através da linguagem cinematográfica, que o poder não ter rosto, não é humano e massacra impiedosamente o povo – este, sim, com o rosto mostrado em detalhe, causando a imediata identificação do espectador".
"A arquitetura da cidade, sua escadaria imensa, simbolicamente infinita, indica a impossibilidade de fuga. É impossível esconder-se do braço do Estado".
"No mesmo instante em que ele lhe amalava o noema, ela lhe dava com o clêmiso e ambos caíam em hidromurias, em abanios selvagens, em sústalos exasperantes. De cada vez que procurava relamar as incopelusas, ele emaranhava-se num grimado queixoso e tinha de envulsionar-se de cara para o nóvalo, sentindo como se, pouco a pouco, as arnilhas se espechunassem, se fossem apeltronando, reduplimindo, até ficar estendido como o trimalciato de ergomanina no qual se tivesse deixado cair umas filulas de cariacôncia. E, apesar disso, aquilo era apenas o princípio, pois em dado momento, ele tordulava-se os hurgálios, consentindo que ele aproximasse suavemente os seus orfelunios. Logo que se entreplumavam, algo como um ulucórdio os encrestoriava, os extrajustava e paramovia, dando-se, de repente, o clinón, a esterfurosa convulcante das mátricas, a jadeolante embocapluvia do órgumio, os esprêmios do merpasmo numa sobremítica agopausa. Evohé! Evohé! Volposados na crista do murélio, sentiam-se balparamar, perlinos e marulos. Tremia o troque, as marioplumas era vencidas, e tudo se revolvirava num profundo pínice, em niolamas argutendidas gasas, em carínias quase cruéis que os ordopenavam até o limíte das gunfias".
Não sei se são os primeiros créditos falados do cinema, mas independente do provável ineditismo, a seqüência criada por Godard figura dentre os mais belos tributos prestados à sétima arte.
Metacinema: é o cinema que se explica, que olha para si mesmo.
O YouTube é uma ferramenta muito utilizada em minhas aulas. A pedido dos alunos, criei este blog, onde organizo planos, seqüências e créditos de filmes que considero relevantes e que comumente uso como exemplo em sala de aula. Assista em tela cheia.