Foto: O Bandido da Luz Vermelha - Rogério Sganzerla - 1968

terça-feira, 30 de junho de 2009

O Encouraçado Potemkin - Sergei Eisenstein - 1925

"Os soldados, então, são mostrados perfilados e a tal distância que suas faces não podem ser vistas, ‘humanizadas’. Já o povo massacrado é mostrado sempre em ‘close’ por Eisenstein: vemos seus rostos carcomidos pela miséria, pelo medo. O que Eisenstein está fazendo com isso? Está dizendo, através da linguagem cinematográfica, que o poder não ter rosto, não é humano e massacra impiedosamente o povo – este, sim, com o rosto mostrado em detalhe, causando a imediata identificação do espectador".
Rafael Ciccarini - Moviola #3: Anos 20 - A Vanguarda Russa

"A arquitetura da cidade, sua escadaria imensa, simbolicamente infinita, indica a impossibilidade de fuga. É impossível esconder-se do braço do Estado".
Ademir Luiz - Eisenstein e a invenção da linguagem cinematográfica

4 comentários:

  1. lembrei desta aula ...vendo é impressionante!!as imagens possuem uma veracidade tão grande...me senti como se estivesse vivenciando aquele momento .foi ótimo vc criar este blog assim podemos ver o que vc nos informa e captar as idéias pra que elas não se percam.

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  2. É hipnótica!
    O homem sem pernas correndo, a mulher que volta pra enfrentar o exército com os filhos nos braços, a senhora que tenta pedir para que não atirem. Impressionante como ele consegue que você crie vinculos com personagens em meio a uma multidão de pessoas.

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  3. Genial. O olhar da mulher quando vê o filho caído vale mais que mil palavras. Um exemplo de como dar unidade e sentido a uma sequência que descreve o caos da violência e intolerância humana.Raúl, esse blog vai enriquecer muito nosso olhar sobre fazer e entender cinema. Um belo instrumento de embasamento sobre aquilo que se aprende e se discute nas aulas.

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